Tafona da Canção Nativa de Osório, um dos mais tradicionais eventos folclóricos gaúchos, agora integra o Patrimônio Cultural do Estado. O plenário da Assembleia Legislativa aprovou, por unanimidade, proposição do deputado Luciano Silveira, através do Projeto de Lei 347/2023, que transforma o evento em parte integrante do patrimônio cultural do Rio Grande do Sul.
“A Tafona é um festival de música realizado pelo município de Osório, que busca promover as tradições rurais, praieiras ou urbanas, enfatizada no folclore, usos e costumes do gaúcho litorâneo. Suas músicas, as expressões artísticas, seus atos religiosos, suas festas e a valorização do homem que, integrado ao seu meio, mantém suas origens através da arte”, explicou o parlamentar, ao encaminhar o projeto para votação.
O evento cultural mais importante do Litoral Norte completa, em 2024, 30 anos de sua criação, que ocorre em meio aos festejos do Rodeio Internacional de Osório, que acontece esta semana, no parque do município. A primeira edição ocorreu justamente no 10º Rodeio de Osório, consagrando um dos músicos mais celebrados do nosso estado. Com a canção “Cantador do Litoral”, Luiz Carlos Borges foi o vencedor, cantando os versos de Elton Saldanha.
Desde lá, foram muitos os artistas que subiram ao palco da Tafona para vibração do público. Alista é longa e inclui Renato Borghetti, Pepeu Gomes e até Mercedes Sosa. O troféu destinado ao vencedor homenageia o cantor e compositor Catuípe, levando seu nome. Anualmente, cerca de 300 artistas se inscrevem, oriundos de diversas partes do Brasil e até de países do Mercosul.
A Tafona da Canção Nativa é reconhecida pela crítica especializada como um dos mais importantes festivais, não só do Estado, mas do país, sendo considerado um referencial artístico e cultural, resgatando as raízes culturais do Rio Grande do Sul, em especial do Litoral Norte.