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ESG e o que você tem a ver com isso

Nos últimos tempos, a grande mídia tem sido invadida por uma sigla que assumiu grande importância no mundo atual, mas que poucos sabem o que significa. Afinal de contas, o que é ESG e qual a importância disso na sua ou na minha vida? A sigla ESG vem do inglês Environmental, Social and Governance ou (Ambiental, Social e Governança). Um conceito que tem usos diferentes, podendo ser aplicado internamente, na gestão da empresa, ou externamente, como conteúdo de análise. O ESG está ligado diretamente ao universo dos investimentos, podendo ser definido como o equilíbrio dos aspectos ambiental, social e de governança, na gestão dos negócios.

Basicamente, é uma via de mão dupla, onde a empresa se enquadra e, ao mesmo tempo, é avaliada pelo mesmo critério. Em itens ambientais, tais como pegada de carbono, poluição do ar ou gestão hídrica, por exemplo. Em itens sociais, como diversidade, direitos humanos, satisfação do cliente. E em itens de governança ou gestão, como ética, transparência e compliance.

Apesar de seu uso ser bastante contemporâneo, o conceito é resultado de uma iniciativa da ONU que já tem mais de 15 anos e da qual o Brasil é signatário, a partir de um relatório com o curioso nome de “Ganha, quem se importa”. A nova postura, porém, ganhou força a partir de 2020, com a pandemia, que acelerou e emplacou critérios ESG como fundamentais para as empresas.

Mas, retomando a pergunta do início, o que isso tem a ver com a vida real? Na verdade, muito, ou quase tudo. Ainda mais, em tempos de eventos climáticos extremos. E nós, no Rio Grande do Sul, temos enfrentado toda a sorte deles. De secas, que se tornam cada vez mais frequentes, a uma sequência de ciclones extratropicais e enxurradas, que trouxeram prejuízos, caos e morte por onde passaram.

Se engana quem imagina que o compromisso com essa pauta é apenas das empresas. Ao contrário. Se o poder público não aderir, estará fadado a lidar apenas com as consequências e ainda ter que responder por elas. Por isso, muito mais do que aderir a uma agenda, para cumprir normas pré-estabelecidas por terceiros, a pergunta a fazer é: Como sobreviver (ou gerir), sem segui-la? Afinal, como na clássica frase de Ernest Hemingway, “Não perguntes por quem os sinos dobram. Eles dobram por ti!”

Luciano Silveira

Deputado Estadual MDB    

(Artigo publicado no Jornal do Comércio)

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